FISL 8.0 Participando na Comunidade Mundial: A experiência real de desenvolvedores
Cecilia Fernandes em 13/04/2007É realmente interessante quando o fato de a maior parte dos palestrantes terem faltado acrescenta tanto valor a uma discussão. Na ausência de Gilmar Souza, Vinícius e Yara Senger, o presente Bruno Souza reuniu uma equipe de figuras internacionais importantes para discutir como participar ativamente das comunidades opensource. Eia a lista dos participantes:
- Ross: gerente geral do SourceForge
- Roger: líder da Mobile Embeded Community
- Ray: Responsável pelo Open JDK
- Rick: Responsável pelo Open JDK
- Tom: Responsável pela portabilidade para Linux do JDK
- Simon: Responsável pelo Opensource Office da Sun
Seguindo uma introdução de Bruno, cada convidado teve seu tempo para expor sua resposta para a pergunta: “O que você precisa fazer para se envolver em projetos opensource?”
Ross sustentou que utilizar o SourceForge é uma excelente maneira de iniciar. É grátis, tem inúmeros projetos opensource à dispósição e é uma vitrine onde seus códigos ficam visíveis.
Roger e Ray se complementaram dizendo que, para participar, é preciso se inteirar do que acontece, participar em fóruns dando sugestões e, finalmente, desenvolvendo – ainda que começando do básico. É preciso conhecer e ser conhecido, eles dizem. Tom apenas concorda.
Simon não fugiu à tese, mas seus argumentos arrancaram aplausos da platéia. Segundo Simon, você é apaixonado por aquilo que te irrita. “Quando algo te irritar, não vire as costas e vá embora. Descubra soluções que resolvem o problema.”
“Do yourjob and see what makes you mad.”Na seção de perguntas, levantou-se a questão de como se tornar um bom programador. Nisso, cada um tem suas teses: Roger estimula o novato a se cercar de bons programadores e aprender com eles. Na provável hipótese de isso não ser possível, recomenda-se começar pelo básico.Simon sugere a busca por projetos com flags indicando onde ficam os bytebugs – erros fáceis dese consertar com algum empenho de tempo. Segundo o palestrante, você aprende e deixa o desenvolvedor feliz por não ter que se preocupar com isso quando o mundo pega fogo ao seu lado.
Ross diz que você estude e tente e erre até conseguir encontrar as 3 linhas que debugavam um problema, mesmo que para isso você passe por 100.000 outras. Ajuda a entender o processo e a expandir conhecimentos em debug.
Numa discussão extremamente interessante e descontraída, os convidados aumentaram ainda mais a paixão dos ouvintes pelo software opensource e a vontade de trabalhar em projetos… principalmente os que te irritam!