Getting Things Done
fabs em 24/10/2008
Desde que entrei na universidade atividades e compromissos cresceram de tal maneira que eu perdi o controle. No primeiro ano eu cheguei até mesmo a esquecer de coisas simples como reuniões de família nos domingos, encontros e até mesmo o aniversário do meu pai. Logo percebi que ia precisar de algum método de organização, e olha, eu usei muitos. Eu fui desde o popular calendário + todo list, passando por escrever o meu proprio software em Ruby, até a escutar conselhos de Randy Pausch, um professor universitário de Carnegie Mellon que tem uma palestra muito boa sobre gerenciamento de tempo , que vale a pena assistir.
No final das contas, os métodos ajudavam, mas um problema sempre se mantinha, eu tinha muitas mais coisas para fazer do que eu podia, a ponto de que até mesmo era ruim fazer uma delas. Na minha cabeça, fazer algo significa não estar fazendo outras dezenas de atividades, e o simples fato de pensar em não fazer uma delas me deixava estressado.
Até que um dia eu descobri que para David Allen, um consultor e instrutor em produtividade com mais de 20 anos de experiência na área, o meu problema não era ter muitas coisas para fazer, mas sim ter essas coisas na minha cabeça. David é criador de uma metodologia de gerenciamento de tempo chamada Getting Things Done, ou para os mais próximos , GTD.
Getting Things Done é na verdade um conjunto de boas práticas que se baseia na noção de que se você tem todos os seus compromissos, organizados de maneira sistemática em um sistema fora da sua mente , então, você pode, usando regras simples, escolher a atividade mais adequada a ser executada naquele momento, e faze-la com a mente focada. Já que suas outras atividades estão sobre controle.
É claro que tem muito mais (o diagrama deste post mostra por exemplo a parte do “sistemático”) mas ainda que as práticas sejam simples explica-las aqui não é meu propósito. Afinal, o livro pode ser adquirido na amazon por $9 e em meios menos ortodoxos você consegue achar até mesmo o audio do exemplar ,lido pelo próprio autor.
O que é mais legal, é que se você está acostumado com ferramentas como o Remember the Milk, ou o iGTD para macs, você nem mesmo vai notar diferenças no seu gerenciamento.
Eu tenho usado a metodologia, junto com o iGTD tem um mês e meio. Logo depois da primeira semana usando o GTD eu já me senti bem mais tranquilo, e passei a me estressar bem menos. No começo eu estava relutante em aceitar as idéias, mas depois as coisas melhoraram bastante. Acho que o sinal de sucesso mais evidente é de que eu tenho conseguido fazer todas as minhas tarefas e ainda arranjar tempo livre para atividades que nem entravam na minha lista, como ler e ir ao parque. Tomara que continue assim quando as provas chegarem ^.^.
Este post foi escrito por um convidado: Fabricio de Sousa Nascimento, membro do grupo de pesquisa do projeto Integrade, é aluno do terceiro ano de ciência da computação pelo IME/USP. E teoricamente mantém o blog do fabs.