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Lambda Day

Jonas Abreu em 11/03/2013

Nessa sexta (Rio de Janeiro) e sábado (São Paulo) aconteceu o primeiro Lambda Day, organizado pelo pessoal da Lambda 3

O evento foi um dos melhores que participei nos últimos anos. Acho que perdeu apenas para o Ágiles em Lima, porque é muito difícil competir com o Lee Devin.

Eu poderia ficar horas falando sobre as palestras, mas acredito que eles ainda vão escrever sobre elas no blog da Lambda, então vou comentar sobre o resto do evento.

Palestrantes

Já faziam alguns anos que eu me perguntava se não poderia existir um evento em que as palestras não ficassem massantes. Fiz algumas experiências mudando o formato (com o Conversa Rápida) ou ajudando na organização de outros eventos ( como a trilha de Scala do TDC, na qual tivemos um resultado bem legal), mas foi a primeira vez que vi um evento onde todos os palestrantes sabiam dar palestras e eram bons nisso.

Eu estava exausto por causa de uma semana de muito trabalho e pouco tempo dormindo e mesmo assim todos me mantiveram preso à palestra.

E não estou falando de palestrantes experiêntes. Embora alguns sejam bem famosos e experiêntes (como Giovanni Bassi, Victor Hugo e Victor Cavalcante), vários palestrantes eram um pouco menos experiêntes mas conduziram muito bem a palestra. Foi muito nítida a sensação de que eles prepararam o material e ensaiaram as palestras algumas vezes antes de apresentar.

Só com isso, o nível do evento já estaria muito acima da média, mas não para por aqui.

Conhecimento do público

Eles sabiam perfeitamente qual era o público deles. As palestras não ficaram no mais do mesmo. Sempre era dada uma base já conhecida para público, mas ela ia além, despertando interesse para se aprofundar mais. E não pensem que isso é fácil de fazer. É realmente muito difícil medir onde você começa um assunto e onde você termina (a não ser que você não ligue para isso, então eu provavelmente não vou querer assistir sua palestra ;) ).

A palestra de Programação Funcional em Scala e F# foi o perfeito exemplo disso. Programação funcional é um assunto que tende a ficar massante (mesmo com todos os meus esforços, no TDC a minha palestra sobre FP ficou muito pesada). E o Juliano Alves e o Vinicius Hana conseguiram conseguiram despertar interesse em diversas pessoas que quiseram saber mais durante o coffe break.

Contando histórias

Contar histórias é uma das técnicas que mais gosto de ver em palestras. E uma das palestras foi basicamente isso. Contar histórias do começo ao fim (outras usaram essa técnica, mas não foi do começo ao fim). Foi uma das palestras mais divertidas e fáceis de acompanhar que assisti. E ao mesmo tempo era muito inspiradora, porque eram histórias reais de fracasso e sucesso.

Pequenos problemas

Não dá para ser tão perfeito sempre. Também aconteceram alguns problemas, mas que não inpactaram muito no evento.

Na palestra do Dyego Costa e do Victor Cavalcante, faltou alguma forma que não dependesse de 3G para acessar e brincar com a aplicação enquanto eles deixavam ela mais responsiva. Nem precisava de acesso à internet (eu comentei que não tinha acesso à internet e que isso não fez falta alguma?). Um simples roteador para montar uma rede local e todo mundo poder acompanhar as mudanças do celular seria muito legal!

As Lightening Talks foram muito interessantes, mas em comparação com o resto do evento elas pareceram um pouco menos preparadas. Em qualquer outro evento elas teriam sido o ponto alto, mas em um evento desse nível elas deixaram um pouco a desejar.

E teve o problema do endereço (o endereço estava errado. O certo ficava a 300 metros dali), o que provocou um pouco de atrasos. Mas esse é fácil de não repetir :)

Como fazer um evento desse?

Esse evento conseguiu realizar algo que eu tentava fazia algum tempo. Um evento com palestras e que as pessoas saíssem felizes, ao invéz de saírem com sono.

Para mim, o principal segredo foi o corpo de palestrantes saber o que estava fazendo.

Como disse, não é uma questão de experiência. Os palestrantes menos experiêntes mandaram muito bem também. É uma questão de respeitar o tempo que as outras pessoas investem para assistir à uma palestra e investir mais tempo na preparação e ensaio dela. É usar dicas como as do Presentation Zen e não ficar apenas no "Não escreva muito texto nos slides". É lembrar que tendo 50 pessoas te assistindo por uma hora, se a sua palestra for ruim, você está jogando no lixo 50 horas de outras pessoas.

Além disso, também vale a pena bater um papo com o Raphael Molesim, que parece que foi o principal "puxador" do evento e que estou convidando publicamente à escrever como funcionou a organização do evento. Topa Molesim?

Enfim, estou no aguardo do próximo Lambda Day. Por mim podia ter um desse por mês, mas como dá muito trabalho me contento com um por semestre :)

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